Nesta quinta-feira (03/07), dezenas de manifestantes realizaram um protesto na sede do banco Itaú, em São Paulo. O protesto visava a pressão popular pelo projeto de lei que propõe a taxação de grandes fortunas.
A escolha do prédio não foi aleatória, já que se trata de um dos edifícios mais caros da cidade. A sede do banco fica na Avenida Faria Lima, zona oeste de São Paulo, e foi ocupado por dezenas de manifestantes.
O protesto foi convocado pela Frente Nacional de Mobilização Povo Sem Medo e questionava a lógica do Imposto de Renda que, segundo cartazes, fazem com que super ricos paguem “menos imposto que a maioria esmagadora do povo que luta para pagar aluguel e comer”.
Em nota, a Frente também confirmou que a manifestação é um recado ao Congresso Nacional – que, segundo analistas, estaria disposto a “enterrar” o projeto que propõe maior taxação para os chamados super-ricos.
“Basta de proteger os interesses da elite cortando na carne os dos trabalhadores. Já passou da hora de taxar os super ricos e isentar quem ganha até R$ 5 mil de imposto de renda. O povo vai cobrar nas ruas”, afirma o grupo.
A manifestação também esta em alinhamento com a postura do governo Lula, que tem promovido essa discussão e alimentado a disputa entre “ricos versus probres” em sua comunicação.
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Em várias ocasiões, Lula ja defendeu a taxação de grandes fortunas e alívio de impostos sobre os mais pobres. É do governo federal, por exemplo, a proposta de isenção do IR para quem recebe até R$5 mil – projeto que ficou parado no Congresso.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta usou as redes sociais para criticar o governo pelo tom adotado e afirmou que “quem alimenta o nós contra eles acaba governando contra todos”. Motta tem recebido enorme rejeição popular, especialmente após a aprovação do projeto que aumenta o número de deputados.