O triste caso da menina de 10 anos que foi enterrada viva pela própria mãe após denunciar abusos do padrasto

No dia 21 de março de 2020, Emileide seguiu em frente com sua ameaça. Levou Gabrielly e seu irmão mais velho para um “passeio”, estrangulou a filha com um fio elétrico e a enterrou viva, com a ajuda do irmão assustado.

Mesmo depois de ser enterrada, Gabrielly ainda lutava pela vida. A cena foi deixada apenas com os pequenos pés de Gabrielly para fora da cova. Mais tarde, Emileide relatou à polícia que Gabrielly havia desaparecido.

Não demorou muito para Emileide confessar o crime à polícia. Ela foi presa e julgada em janeiro de 2022, onde alegou não entender suas próprias motivações e que estava sob efeito de drogas no dia do crime.

Durante o julgamento, foram revelados os abusos sexuais cometidos por André, do qual Emileide alegou desconhecimento. Apesar de suas tentativas, Emileide não conseguiu evitar a condenação.

André Piauí já estava cumprindo uma pena de 20 anos por estupro de vulnerável. O filho mais velho de Emileide, coagido a participar do crime, estava em uma Unidade Educacional de Internação.

Emileide foi condenada a 39 anos de prisão por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, falsa comunicação de crime e corrupção de menores. Em meio ao julgamento, a única vez que mostrou algum remorso foi quando foi lida uma carta de Gabrielly.

A carta, escrita por Gabrielly para sua mãe, expressava todo o amor e gratidão que a pequena sentia, em uma triste ironia ao trágico destino que sofreu nas mãos da mulher a quem tanto amava.

Escrito por

Paula Vasconcelos

Colunista de notícias dedicada a escrever sobre os todos os assuntos. Sou apaixonada pelo mundo da literatura.