Possibilidade de prisão preventiva de Bolsonaro gera revolta entre seus aliados

A possibilidade de prisão de Bolsonaro gerou bastante revolta entre os seus aliados e mais detalhes foram expostos.

De forma recente, foi compartilhada a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de solicitar ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, que se manifeste sobre um pedido de prisão preventiva contra Jair Bolsonaro.

O requerimento partiu da vereadora Liana Cristina (PT-Recife), que acusa Bolsonaro de obstrução de Justiça, incitação contra instituições democráticas e coação processual ao convocar manifestações em defesa da anistia de envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro.

A vereadora petista alega que os atos públicos organizados por Bolsonaro, que pedem perdão para os condenados pela invasão das sedes dos Três Poderes, configuram pressão indevida sobre o Judiciário.

Embora a possibilidade de prisão imediata do ex-presidente seja considerada remota nos bastidores do STF e da Procuradoria-Geral da República (PGR), a mera análise do tema foi suficiente para acirrar ânimos.

Eduardo Bolsonaro (deputado federal/PL-SP), em postagem das redes sociais, chamou Moraes de “psicopata” e questionou: . “Vereadora do PT pede prisão do presidente Bolsonaro e, ao invés de arquivar, o psicopata manda a PGR se manifestar”, declarou.

Nikolas Ferreira (PL-MG) classificou o pedido como uma tentativa de silenciar protestos legítimos e alegou que no dia 6 de junho, a Paulista estará lotada novamente.

Em entrevista a uma rádio aliada nesta quarta-feira (2), o ex-presidente afirmou que o STF age com parcialidade em seu julgamento. Ele citou um tuíte de 2014 de Flávio Dino, então governador do Maranhão e atual ministro do tribunal.

Na publicação, o político declarou que Bolsonaro era um “disparate” que precisa ser contido pelo STF. Bolsonaro se revoltou com o que leu e declarou que isso não é ser imparcial.

Bolsonaro também criticou a composição do plenário que o julgará por tentativa de golpe, destacando que cinco dos onze ministros foram indicados por partidos de oposição a ele.

A PGR tem prazo indeterminado para se manifestar sobre o pedido de prisão. O caso alimenta a narrativa de bolsonaristas sobre perseguição judicial, tema central nos discursos do ex-presidente desde o início das investigações.

Enquanto isso, o PL prepara uma campanha nacional para pressionar pela anistia dos mais de 1,4 mil processados por atos antidemocráticos, algo que chama atenção da mídia.

Escrito por

Juliana Gomes

Colunista de notícias dedicada a escrever sobre os mais diversos assuntos. Sempre fui apaixonada pela arte da escrita e pela literatura.