O conflito entre Irã e Israel escalou significativamente na noite desta terça-feira, quando o Irã lançou ao menos 100 projéteis contra o território israelense, segundo autoridades do Estado judeu.
A ofensiva ocorreu após informações de inteligência indicarem preparativos por parte de Teerã para um ataque direto a Israel, levando a um estado de alerta máximo no país e na região.
Sirenes foram acionadas em Tel Aviv, Jerusalém e diversas outras áreas, com as Forças Armadas israelenses emitindo orientações para que os cidadãos buscassem refúgio em abrigos antiaéreos.
A operação iraniana, conforme relatado pelo Exército de Israel, visava três bases aéreas e uma sede de inteligência ao norte de Tel Aviv, a qual já havia sido evacuada por medidas de segurança. A movimentação militar de Israel e de seus aliados se intensificou ao longo do dia, com tropas posicionadas em prontidão para responder ao ataque.
Fontes dos EUA afirmaram que o Irã utilizou mísseis balísticos para a investida, capazes de atingir alvos em até 12 minutos, em vez de drones ou mísseis de cruzeiro, que levam mais tempo para alcançar seus objetivos.
Este ataque é um desdobramento das tensões contínuas entre os dois países e lembra o incidente de abril, quando o Irã realizou uma ofensiva massiva contra Israel em retaliação à morte de membros da Guarda Revolucionária iraniana em Damasco.
Na ocasião, mais de 300 drones e mísseis foram lançados, mas muitos foram interceptados ou falharam no lançamento. A ação de agora, no entanto, parece ter uma escala ainda maior e ocorre em um momento crítico de novos confrontos na região.
O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, declarou que a situação é de grande gravidade e que as forças israelenses estão tomando todas as medidas necessárias para proteger a população civil. Ele confirmou que o fogo iraniano está sendo tratado como uma ameaça de larga escala, com todas as defesas aéreas ativadas.
🇮🇷🇮🇱 URGENTE: Irã dispara mísseis em direção a Israel em meio a aumento das tensões no Oriente Médio.
— Eixo Político (@eixopolitico.com.br) October 1, 2024 at 1:50 PM
Ao mesmo tempo, a Embaixada dos EUA em Israel ordenou que seus funcionários retornem para casa e estejam preparados para buscar abrigo em caso de novos ataques. Navios e aeronaves militares americanas também foram posicionados na região para prestar suporte a Israel se necessário.
Essa movimentação militar incluiu o envio de três destróieres para o Mar Mediterrâneo, um porta-aviões para o Golfo de Omã e a mobilização de caças ao longo da região, todos equipados com sistemas para interceptar mísseis que possam ameaçar o espaço aéreo israelense.
A presença americana reforça o comprometimento dos EUA em apoiar Israel, especialmente após o ultimato dado pelo Exército israelense para que moradores do sul do Líbano evacuem suas residências, uma medida que sinaliza a possibilidade de uma nova operação militar.
O cenário atual evidencia uma escalada perigosa no Oriente Médio, que pode ter consequências severas para a estabilidade regional. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos, na expectativa de que as partes envolvidas busquem alternativas para reduzir a tensão e evitar uma guerra de maiores proporções.