A dor de perder um ente querido de forma trágica é avassaladora, mas a incerteza sobre o paradeiro de alguém que desapareceu sem deixar rastros é um tormento ainda maior. Em Mafra, Santa Catarina, duas famílias vivem realidades diferentes, mas igualmente dolorosas.
Uma chora a perda confirmada de Rogério Dias, enquanto a outra segue na angustiante espera por Alfredo Chableski, que continua desaparecido. O Rio Negro, que um dia foi cenário de lazer, agora é marcado por tristeza e desespero, levando com suas águas não apenas duas vidas, mas os sonhos e a tranquilidade de quem ficou.
O que deveria ser um dia comum de descanso e diversão se transformou em tragédia. Rogério Dias, de 46 anos, nadava no rio quando começou a se afogar. Seu amigo, Alfredo Chableski, de 43, não pensou duas vezes antes de tentar resgatá-lo, mas a tentativa heroica teve um desfecho devastador: os dois desapareceram nas águas.
O desespero tomou conta de familiares e amigos, que acompanharam a mobilização dos bombeiros para tentar encontrá-los. Após mais de oito horas de buscas intensas, os mergulhadores localizaram o corpo de Rogério na manhã de segunda, dia 31 de março.
Para sua família, o luto se tornou oficial, encerrando a angústia da espera, mas trazendo consigo a dor irreparável da perda. Enquanto isso, os familiares de Alfredo ainda vivem a incerteza, agarrados à esperança de que seu corpo seja encontrado para que possam, ao menos, se despedir.
As operações de resgate seguiram até as 18h de segunda-feira e serão retomadas nesta terça, dia 1 de abril. O corpo de Rogério Dias está sendo velado na Capela Municipal de Mafra e será sepultado às 16h. Enquanto a cidade se despede de um dos amigos, a incerteza sobre o destino de Alfredo mantém a comunidade aflita.