Hacker de Moro deve pegar 70 anos de prisão

O hacker Walter Delgatti Neto, deverá ser punido pela Polícia Federal sobre os crimes de invasão de dispositivo de informática e interceptação de comunicação, sobre cada uma das contas do aplicativo Telegram que invadiu neste ano.

Sendo assim a prisão de um dos principais acusados por invadir os celulares de autoridades brasileiras como o ministro da Justiça, Sérgio Moro e procuradores, deverá ser de 70 anos ou mais. Mas esses anos são referentes apenas pelos crimes que foram confessados por Walter.

Ainda há muito o que descobrir

Porém a Polícia Federal deve fazer um enquadramento penal que aumente a pressão sobre o hacker, onde até o momento já confessou alguns de seus crimes e deu informações sobre quais foram os métodos usados, porém acredita-se que ele sabe ainda mais sobre a real situação.

A PF acredita que mais de mil telefones foram invadidos, um número muito mais elevado do que apenas os 14 citados durante seus depoimentos. Mas somente por este acesso indevido, o artigo 10 da Lei n° 9.296/96 prevê uma reclusão de dois a quatro anos.

Já as invasões de dispositivos de informática podem proporcionar até um ano de prisão. Mas houve o acesso de celulares de procuradores do Rio de Janeiro e também de envolvidos na Operação Greenfield de Brasília, o que poderia complicar ainda mais a situação do hacker.

Operação Spoofing

A Polícia Federal ainda suspeita que Delgatti cometeu uma série de outros crimes em ambiente virtual com ajuda de outros criminosos. Até o momento três outros suspeitos foram presos na Operação Spoofing. Isso faria com que o hacker estivesse sujeito a ser enquadrado em crime por organização criminosa, acrescentando mais 8 anos de prisão a sua sentença.

Porém esta última penalização pode acabar sendo descartada, já que o hacker assumiu toda a responsabilidade sobre as invasões, onde até mesmo os outros três presos negaram qualquer envolvimento sobre a invasão no Telegram de autoridades.

Mas este é apenas o início de uma grande operação.

Escrito por

Wesley Silva

Jornalista pós-graduado em mídia e redes sociais e jornalismo com passagens pelo Portal R7, Jornal do Trem, Impacto Comunicação.