O Ceará vive um momento muito delicado neste feriado de Carnaval. Já são 135 homicídios após a paralisação dos policiais militares no estado. E a tendência é que este número aumente ainda mais até o fim da paralisação.
A média diária está em 30 homicídios. Na quarta-feira (19/02) foram 29, na quinta 22, na sexta os números chegaram a 37, neste sábado foram 34 e no domingo (23/02) até o que se sabe foram mais 13.
No mês de fevereiro de 2019 o número de homicídios havia ficado em 164, mas neste ano os números já chegam 299.
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Aracati e Beberibe
A região de Aracati, que é conhecida como o local de uma das mais conhecidas festas de Carnaval do Ceará, acabou contratando seguranças privados para guardar os foliões. A cidade fica a 150 quilômetros da capital Fortaleza.
Outra que teve crimes bárbaros foi Beberibe, (80km de Fortaleza). Por lá um homem de 39 anos e sua filha de apenas 1 ano e 11 meses foram mortos a tiros.
Força Nacional
O governo enviou a Força Nacional e o Exército para ajudar no policiamento das ruas. São 2500 homens do Exército e outros 150 agentes da Força Nacional.
Diante das greves, o governo do Ceará enviou uma proposta de aumento dos salários da PM e Bombeiros de R$ 3400 para R$ 4500, porém parcelados em três vezes, sendo o primeiro para março de 2020, o segundo para março de 2021 e o terceiro para 2022.
A grande maioria não concordou, o que houve o início das greves. Além de receber os valores de uma única vez, os agentes querem a criação de um plano de carreira.
Policiais afastados
Camilo Santana, governador do Ceará, disse que está fora de cogitação dar anistia para os profissionais que estejam participando do motim. Até então 167 policiais suspeitos foram afastados e terão que devolver seus equipamentos.
Já outros 77 são considerados desertores, pois não compareceram na operação especial de Carnaval.
