Esta quarta-feira, dia 15 de maio, amanheceu com diversos protestos pelo país, onde o objetivo é demonstrar descontentamento com os cortes na área da educação feitos ao longo dos últimos 20 dias pelo Governo Federal.
No Twitter a hashtag #tsunamidaeducação já conta com mais de 10 mil tweets, sendo o primeiro no trending topics nacional.
Segundo os manifestantes os cortes das verbas para a educação já ultrapassaram os muros das universidades e institutos federais, apoiando o futuro do Brasil e mobilizando milhares de familiares, professores, estudantes, pesquisadores e todos que acabaram sendo atingido pelos cortes.
Guilherme Boulos do Psol publicou que os cortes atingem verbas destinadas ao pagamento de itens básicos para a educação como a água, luz, internet e até mesmo o de bolsas de pesquisa. Segundo ele as aulas serão nas ruas hoje.
As paralisações deste dia 15 de maio devem atingir 75 instituições federais.
Entenda os cortes feitos pelo MEC
O Ministério da Educação realizou o bloqueio de 30% das verbas destinadas às instituições de ensino federais, valendo para todas as universidades e institutos do país. O bloqueio aconteceu no último dia 30 de abril de 2019 e desde então vem sendo alvo de muita crítica por acadêmicos e especialistas na área.
Segundo a Casa Civil, o corte no MEC neste ano deve girar em torno dos R$ 5,8 bilhões, onde a justificativa é que este procedimento faz parte do decreto de programação orçamentária. O secretário de Educação Superior informou que o orçamento total para 2019 é de R$ 149 bilhões, onde este corte de 5,8 bilhões de reais só poderá ser feito em despesas não obrigatórias, onde o próprio orçamento destina R$ 24 bilhões para despesas discricionárias.
Os protestos estão focados em que o governo ao menos explique o porque dos cortes. Está previsto que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, vá ao plenário para falar sobre os bloqueios de recursos ainda nesta quarta, 15 de maio.