131 anos da Lei Áurea neste dia 13 de maio, o que mudou?

Neste dia 13 de maio de 2019 é comemorado o 131º aniversário da assinatura da Lei Áurea por Isabel, a princesa de Portugal responsável pela libertação dos escravos. Porém, apesar do que muitos possam acreditar, durante a libertação dos escravos grande parte da população negra no Brasil já era livre.

Neste artigo estaremos falando um pouquinho mais sobre este assunto importante para nossa sociedade.

Escravos no Brasil

Durante a assinatura da Lei Áurea em 1888, cerca de 5,8 milhões habitantes no país eram negros. Mas deste total, muitos já eram livres, onde apenas cerca de 1,5 milhão (26%) contava com uma relação de servidão total à supostos “donos”.

Os números são importantes pois na época grande parte dos negros no Brasil já era livre, isso através do auxílio de grupos abolicionistas ou pela compra de sua própria alforria. Assim a Lei Áurea foi muito importante, mas causou pouco impacto na condição de vida, inclusive dificultando a vida de milhares que foram “libertos” e sendo deixados a seguir o seu próprio rumo.

Outro ponto que causou um grande problema no desenvolvimento socioeconômico desta parte populacional é que logo após este período, para poder “preencher” as vagas dos escravos que foram libertos, foi editado um decreto que incentivava a vinda de imigrantes europeus para o Brasil, onde lhes era garantido moradia, passagem e trabalho.

Assim grande parte da população “liberta” acabou ficando sem moradia, estudo e trabalho para o seu sustendo, o que antes era, mesmo que de maneira escassa, ainda feito pelas grandes fazendas.

Marco histórico

Apesar de todos os problemas gerados após a Lei Áurea, os 131 anos são comemorados pois para muitos isso significa o poder de liberdade e do quanto um decreto é capaz de mudar a história de um país por séculos. Hoje no Brasil apesar de ainda haver uma grande parcela de discriminação, há incentivos para a população negra em diversos campos da sociedade.

E você acha que a Lei Áurea deve ser comemorada ou não? Deixe seus comentários.

Escrito por

Wesley Silva

Jornalista pós-graduado em mídia e redes sociais e jornalismo com passagens pelo Portal R7, Jornal do Trem, Impacto Comunicação.