Bolsonaro vem “adoçando” a bancada evangélica na Câmara dos Deputados, com participações em diversos atos, inclusive cultos que acontecem antes dos debates, além é claro de promessas futuras sobre a sua indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde durante o seu mandato dois dos atuais ministros, Celso de Mello e Marco Aurélio de Mello, devem se aposentar.
Como mais um sinal de que estará do lado desta área na Câmara, Bolsonaro nesta semana disse que uma das vagas em aberto será destinada a um ministro “terrivelmente evangélico”. Ao mencionar isso, o presidente já iniciou uma corrida de especulações de quem poderá ser o responsável por ocupar a vaga, já que deverá além de ser evangélico, também possuir condições acadêmicas, pois é uma das marcas deste governo.
A primeira vaga aberta de ministro irá ocorrer no dia primeiro de novembro de 2020, quando Celso de Mello irá completar seus 75 anos de idade e deverá se aposentar conforme exige a lei. A outra vaga disponível só será aberta no mês de julho de 2021, quando Marco Aurélio de Mello deverá deixar o cargo também.
O anúncio do novo ministro “terrivelmente” evangélico foi feito nesta quarta-feira (10/07) na Frente Parlamentar Evangélica, após um culto que ocorreu na Câmara antes da retomada dos debates que resultaram em uma aprovação em primeiro turno da tão falada Reforma da Previdência.
Quem é o ministro queridinho?
Sem citar nomes, Bolsonaro deixou “em aberto” quem poderá ocupar essa vaga, com o perfil pré estabelecido. Como há duas vagas, provavelmente uma delas será destinada ao atual Ministro da Justiça, Sérgio Moro, como já foi citado por Bolsonaro em uma outra ocasião, mas a vaga evangélica ainda é uma incógnita.
Um dos “queridinhos” pelos evangélicos é o atual chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), André Luiz Mendonça.
Discurso de Bolsonaro sobre o futuro ministro do STF
As falas de Bolsonaro na Câmara dos Deputados foram as seguintes:
“- Um deles será terrivelmente evangélico… – Quantos tentam nos deixar de lado dizendo que o Estado é laico? O Estado é laico, mas nós somos cristãos. Ou, para plagiar a nossa querida Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, nós somos terrivelmente evangélicos…”