Na manhã desta quinta-feira, dia 09 de maio de 2019, a Polícia Civil do Distrito Federal iniciou uma Mega Operação no próprio Distrito Federal e em outros oito estados, cujo o objetivo principal é prender os principais suspeitos de um esquema no Banco do Brasil que desviou cerca de R$ 30 milhões da instituição.
Até agora o que se sabe é que o desvio foi feito entre os anos de 2017 e 2018. A Polícia Civil deverá cumprir 17 mandados de prisão temporária e outros 28 mandados de busca e apreensão nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Goiás e na capital do país, o Distrito Federal.
Os alvos são onze empresas terceirizadas que possuem contratos com o Banco do Brasil, cujo objetivo era a cobrança de dívidas dos clientes. Além disso outros dois ex funcionários do BB serão presos de forma preventiva.
Como era aplicado o golpe do Banco do Brasil?
A polícia informou que quando o cliente do BB chegava a quitar uma dívida após o contato com uma das empresas suspeitas, o banco de forma automática pagava uma comissão para tal. Porém em o esquema estava onde de forma intencional o sistema apresentava alguma inconsistência, sendo necessário o pagamento manual por um servidor.
Assim o Banco do Brasil pagava um valor acima do correto para a empresa terceirizada e então era “reembolsada” com uma propina que funcionava como uma bonificação. Os policiais através de um mapeamento nas contas dos suspeitos identificaram pagamentos de R$ 4 milhões através de créditos em dois anos.
No último mês de janeiro este suspeito foi demitido pelo banco. No mesmo período foi identificado outro ex-funcionário que havia recebido R$ 900 mil na conta.
Operação Crédito Viciado
Esta operação está envolvendo 140 agentes, através da Coordenação de Combate ao Crime Organizado (CECOR).
A denúncia foi feita pelo próprio Banco do Brasil, logo após identificar o rombo em uma de suas auditorias. Após a Justiça ter sido acionada, foram bloqueados 16 milhões de reais das contas dos suspeitos.
Todos os envolvidos devem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato.