Mesmo sob recessão, Mauricio Macri tenta a reeleição na Argentina

Os últimos meses de mandato de Mauricio Macri, atual presidente da Argentina, não estão fáceis. Porém a recessão econômica no país vizinho não impediu o presidente liberal de lançar a sua candidatura para a reeleição neste sábado (22/06).

Macri tenta algo para reverter a situação econômica do país em meio a uma das maiores crises dos últimos tempos. Seu adversário será Alberto Férnandez, que ao lado da ex-presidente Cristina Kirchner, está liderando a chapa peronista.

Mais distante da ponta está o centrista Roberto Lavagna, que promete um cenário mais polarizado entre o kichnerismo e o macrismo.

Argentina afunda na crise

As eleições presidenciais irão acontecer diante de uma forte recessão que se iniciou em 2018, onde 32% da população se encontra em situação de pobreza. A inflação já acumula mais de 60%, somando 2018 com os cinco primeiros meses de 2019. Outra situação grave é com relação ao desemprego, que já atinge 10,1% da população.

Milhares de argentinos estão caindo para a situação de pobreza, onde a falta de trabalho e a inflação sobre produtos básicos como o pão, leite e carne, está complicando as coisas por lá.O transporte na região, a água, o gás e a energia elétrica já somam um aumento de 1000% nos últimos meses.

Mesmo o empréstimo obtido através do FMI de US$ 56 bilhões não foi o suficiente para alavancar a economia no país.

Popularidade de Macri

É claro que toda essa crise vivenciada no país está afetando a popularidade de Macri. Mas ela não foi o suficiente para tirá-lo do topo em uma corrida presidencial. Por isso, o atual presidente já confiante de uma reeleição, acabou dando início às suas comitivas para permanecer por mais 4 anos à frente do país.

Com o empréstimo do FMI, a sua popularidade caiu ainda mais. Macri tem este ano de 2019 para conseguir o equilíbrio fiscal para a Argentina e deixar o país com as contas no verde em 2020. Pelo menos esta foi a promessa mediante o empréstimo.

Nas últimas pesquisas, Macri conta com menos de 30% das intenções de voto. Ele pede um voto de confiança, para evitar que o país volte para o período também difícil vivido no governo Kirchner.

Macri contará com o apoio da coalizão da Proposta Republicana (PRO) e da União Cívica Radical (UCR), dos quais deverão ajuda-lo a bater de frente com Fernández.

Principal adversário de Macri na corrida presidencial

A promessa de campanha de seu principal adversário é tornar a Argentina novamente “habitável”. Alberto Fernández, que contará com Cristina Kirchner na chapa e grande parte do centro e da esquerda argentina, está com mais de 30% nas últimas pesquisas.

Fernández promete uma “mobilidade social ascendente” e um cenário completamente diferente da atual crise econômica no país.

Escrito por

Wesley Silva

Jornalista pós-graduado em mídia e redes sociais e jornalismo com passagens pelo Portal R7, Jornal do Trem, Impacto Comunicação.