Em seu último discurso desta quinta-feira (19/03), o presidente americano, Donald Trump, disse que remédios a base de Hidroxicloroquina, pode ter efeitos bem promissores no combate ao coronavírus. Somente este pronunciamento foi motivo para que a droga se esgotasse em farmácias pelo Brasil.
A ANVISA já se pronunciou e disse que os remédios com esta composição contam com efeitos benéficos contra malária, reumatismo, inflamação nas articulações, lúpus e outros, mas nada conclusivo em relação ao COVID-19.
Diversos portadores destas outras enfermidades podem encontrar dificuldades para encontrar a medicação de agora pra frente. Muitas farmácias estão vendendo o medicamento mesmo sem receita ou prescrição médica. Ficando sem o medicamento, as doenças desta parte da população pode se agravar e eles podem ficar ainda mais em risco.
Japão mais próximo de lançar a vacina contra COVID-19 com base em FAVIPIRAVIR.
Há pessoas que vem fazendo apelos para que as farmácias não vendam sem receita médica, para que o medicamento não se torne escasso na grande maioria das regiões.
Porém a Hidroxicloroquina não exige receita para comprar e como é um remédio bem exclusivo, são poucas as caixas em estoque, o que leva ao esgotamento nas farmácias pelo Brasil.
Efeitos colaterais
O presidente americano só citou parte das informações sobre a cloroquina, mas não informou que há sim efeitos colaterais, principalmente na automedicação e que não há estudos para indicar em qual estágio do coronavírus o remédio teria algum efeito relevante.
A automedicação representa um grave risco para à saúde.
Estudos
No Brasil, Arthur Weintraub, acessor especial do presidente, disse que há um pequeno estudo sobre a droga, nada ainda conclusivo. A Cloroquina juntamente com a Azitromicina, um antibiótico, apresentou uma eficácia no tratamento segundo as primeiras avaliações.
Na França já realizaram um estudo clínico com essa combinação em 20 pacientes e realmente houve uma redução na carga viral dos enfermos, mas por ser um número pequeno de “cobaias”, a eficácia tem resultado limitado, não indicando a evolução clínica.
Mas no caso do estudo francês, o vírus desapareceu no período de 6 dias.
Até o momento o remédio com maior eficácia no tratamento é o Favipiravir, que foi desenvolvido no Japão e em um breve estudo, mostrou resultados significativos em 340 pacientes. A China deve em breve publicar um estudo detalhado do uso do favipiravir.