O presidente Jair Messias Bolsonaro deixou de ir a um evento em Nova Iorque neste final de semana, após diversos ataques deliberados pelo prefeito da cidade e de outros políticos da região. O evento seria uma homenagem ao presidente brasileiro, mas o mesmo optou evitar a viagem deste dia 04 de maio.
O porta voz de Bolsonaro disse que o presidente decidiu cancelar a viagem nesta sexta-feira, após semanas de controvérsias sobre a decisão da Câmara de Comércio Americano de homenagear o líder brasileiro em sua festa de gala.
A Câmara está tentando controlar os eventos deste ano, após duras críticas à sua decisão no último mês de homenagear Bolsonaro com o prêmio de pessoa do ano. A decisão acabou provocando indignação entre os ativistas gays, políticos de New York e também o grupo de ambientalistas do país.
Em depoimento o prefeito Bill de Blasio classificou Bolsonaro como um “homem perigoso” onde o racismo manifesto, decisões destrutivas e também a homofobia, trarão consequências devastadoras para o futuro do planeta.
O início da revolta começou quando o Museu Americano de História Natural havia concordado em sediar o evento antes do homenageado, que acabou reagindo ainda mais com a escolha de Bolsonaro.
Patrocínio do evento
O presidente Bolsonaro apoia que madeireiro, fazendeiros e mineradores tenham acesso a partes protegidas da Amazônia, onde acredita que atualmente os grupos indígenas estão com muitas reservas de terras em seu controle, principalmente mal administradas.
Com tais declarações Arne Sorenson, executivo-chefe da Marriott, deixou bem claro que estava desconfortável com tais declarações, mas que mesmo assim estava disposto a acolher os “indivíduos com pontos de vista intolerantes e não inclusivos”, para manter o patrocínio no evento.
Porém nos últimos dias o The Financial Times, a Delta Air Lines e a Bain & Company anunciaram que decidiram sair da posição de patrocinadores. Todos alegaram o descontentamento com relação ao presidente que possui uma longa história de comentários racistas, homofóbicos e sexistas.
Desistência da viagem
Após a decisão de evitar a viagem para os Estados Unidos neste final de semana, o senador de Nova York, Brad Hoylman, através de suas redes sociais expressou a sua satisfação. Em um tweet ele escreveu:
“VITÓRIA: Nós enfrentamos o presidente homofóbico do Brasil Jair Bolsonaro e vencemos” … “O ódio não tem casa em Nova York.”
Jair Bolsonaro segue com sua agenda no Brasil nestes dias 04 e 05 de maio.
Foto divulgação: Mauro Pimentel/Agence France-Presse – Getty Images