Taxa de corretagem em seguros poderá ser extinta e deixar preço mais acessível

A taxa de corretagem é um dos valores que mais encarece o preço dos seguros no Brasil. Elas normalmente não são tão transparentes nos contratos e aparecem “embutidas” nas letrinhas minúsculas, o que acaba pegando muitos consumidores de surpresa.

Existem diversas porcentagens destas taxas, onde elas acabam variando conforme o tipo de seguro, mas em alguns casos ela chega representar até 59% do valor total do contrato. Essa porcentagem faz parte de um estudo realizado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), responsável pela fiscalização dos mercados de seguro, capitalização, resseguro e também de previdência privada aberta.

Em seguros patrimoniais a grande maioria dos disponíveis no mercado contam com uma taxa de 30%. Já nos micro-seguros a taxa pode chegar em até 39%.

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Mudanças na taxa de corretagem

A partir de agora esta taxa de corretagem deverá ser apresentada de forma mais transparente nos contratos. Os valores embutidos em uma apólice deverá ser informado da maneira mais clara possível, onde como consequência haverá um estímulo entre as seguradoras para baixar os preços.

Todas as comissões cobradas em contratações de seguros no Brasil estão muito acima de países desenvolvidos e também de outros países na própria América. Os EUA por exemplo, os valores da taxa chegam em no máximo 3,6%. No Chile essa porcentagem chega em 7,8%. Uma diferença bem grande com relação ao Brasil não é mesmo?

O cliente deverá prestar atenção nos valores das comissões durante a contratação dos seguros, assim como acontece em outras áreas, onde todos os valores são descritos de maneira bem clara e objetiva.

Ministério da Economia

O governo quer cortar taxas para o consumidor e os seguros devem fazer parte destas mudanças. Mas para que a SUSEP conclua essa transparência na taxa de corretagem, ainda será necessário a aprovação do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que é ligado ao Ministério da Economia.

As normativas poderão ser aprovadas na próxima reunião, que está prevista para março e as novas regras já devem estar no mercado até junho de 2020.

Segundo o governo, a novidade além de mais transparência, a concorrência entre os corretores será ainda maior. Desde novembro o órgão não vem credenciando novos corretores, onde está ocorrendo a “Autorregulação do Mercado”.

Com o fim do credenciamento, outras instituições de ensino poderão formar corretores e definir quem pode ou não atuar no mercado. Até então era preciso se formar na Escola Nacional de Seguros e pedir a licença na SUSEP.

Escrito por

Wesley Silva

Jornalista pós-graduado em mídia e redes sociais e jornalismo com passagens pelo Portal R7, Jornal do Trem, Impacto Comunicação.