Uma coisa é certa, cedo ou tarde durante do governo Bolsonaro os Correios serão privatizados. A instituição vem sendo analisada minuciosamente pelo Ministério da Economia, onde já há inclusive um levantamento com oito motivos oficiais para privatizá-lo.
A instituição conta com problemas de corrupção, rombos de bilhões anuais mesmo sendo um monopólio, serviços ineficientes, greves anuais e nos últimos anos vem perdendo cada vez mais espaço para as concorrentes privadas com relação a entregas pela internet.
Todos estes problemas apontam a necessidade de vender a estatal, o que deve ser uma prioridade em um futuro não muito distante no que depender de Paulo Guedes e Bolsonaro.
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O governo já iniciou o processo de venda de empresas, onde a BR Distribuidora foi a primeira público/estatal a deixar de fazer parte dos gastos mensais. Agora o objetivo é iniciar a venda de empresas 100% estatais como os Correios, para tirar o fardo das contas públicas.
Oito motivos para privatizar os Correios
Entre alguns dos motivos levantados pelo Ministério da Economia sobre a instituição estão:
- Rombo de mais de 11 bilhões de reais referentes ao Postalis, um fundo de pensão pago aos funcionários;
- Grande histórico de corrupção e atos de interferência política;
- Rombo de 3,9 bilhões de reais com relação ao passivo atuarial do “Postal Saúde”;
- Greves constantes e grandes reclamações dos usuários por conta da ineficiência e sindicalização;
- É uma barreira logística para o micro e pequeno empresário;
- Trás o risco fiscal de 21 bilhões de reais adicionais todos os anos sobre o teto de gastos do governo;
- Os Correios mesmo com imunidade tributária de R$ 1,6 bilhões ao ano, não consegue pagar os dividendos aos cofres da União desde 2014;
- Se demorar um pouco mais para a realização da venda, será difícil interessar investidores por conta dos problemas que aumentam ano após ano.
Além disso os Correios estão perdendo campo no mercado de entregas dia após dia através de vendas pela internet. Os preços da estatal não são nada competitivos e hoje há muitas transportadoras com valores muito mais interessantes do que a instituição.
Privatização dos Correios
Os motivos acima e outras informações tornam o argumento do Ministério da Economia bem convincente sobre os Correios, que está sendo “engolida” no mercado de distribuição, onde o que já trás prejuízos, pode se complicar ainda mais no futuro.
O presidente dos Correios, Juarez Cunha, acabou sendo demitido por Bolsonaro no último mês de junho, pois acabou se posicionando contra a privatização. Para Bolsonaro, Cunha estava agindo como sindicalista e em seu lugar assumiu o militar Floriano Peixoto Neto, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência.